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Wednesday, March 03, 2004

ALMA

Queria parar mas não sou capaz, tenho que desabafar e dizer o que me vai na alma cinzenta que vai escurecendo a medida que os dias vão passando.
Talvez esta seja a terapia correcta para não sucumbir ou para colmatar a falta que me fazes. Lembro-me de cada segundo que vivemos juntos e da alegria que sentimos em conjunto, apesar de serem momentos felizes não deixam de reflectir, no presente, nostalgia digna de reparo que apenas as pessoas que muito amam experimentam.
Tenho consciência da dimensão restrita e do elo fraco que me liga a pessoa que muito amo. Não é sintoma de fraqueza ou insegurança, suponho que seja falta de compreensão de mim mesmo, preciso, com urgência, encontrar os fantasmas das minha duvidas que sei serem infundadas. Não há certezas absolutas na vida, isso eu sei, apesar de tentar me expor para ti sempre com transparência, falta-me sabedoria para te observar da mesma maneira. Ainda não descobri como, mas é essa sabedoria que busco todos os dias e acho que a forma adequada para o fazer é conhecer-me bem para que te entenda melhor.
Momentos há, que te sinto como uma estranha, a ambiguidade para que sou remetido assombra a felicidade que me proporcionas, pura injustiça minha ou egoísmo meu de querer-te cada vez mais e mais.
“Não” é o que repito para mim. Tenho que controlar este jardim de rosas, que vai crescendo, e que com o tempo se vai assemelhando a um paraíso imaginário. O verdadeiro paraíso só existe dentro de nós quando alguém nos ajuda a cuidar das flores por forma a podermos desfrutar de toda a sua beleza e perfumes e, coerência não é viver sozinho num jardim achando que se vive no éden, isso é viver em solidão num espaço de ilusão colorida.
Preciso de ti....por favor cuida de mim e das minhas flores.
(Ficar-te-ei eternamente grato)



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