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Tuesday, May 29, 2007

Voltei...

de volta a escrita - a reflexão também faz parte e de vez em quando é bom pararmos para pensar, reflectir e redefinir o que queremos da vida, para onde vamos e de como temos interagido com as pessoas que gostamos.

Foi um interregno que usei para me reencontrar, para rever os meus erros e acima de tudo,
foi tempo de avaliar o quanto me tinha desviado dos caminhos para a realização do meu ou dos meus sonhos mais importantes.
Chegou o momento de mudança, é altura de pôr em pratica o que sinto, de demonstrar por acções as pessoas e ao mundo que prometi por palavras.

A primeira compreensão que tive foi acerca de confiar ou não em alguém.
Não se deve por nada deste mundo forçar o crescimento da confiança por alguém dentro de nós. Se o fizermos, estaremos com toda a certeza a excedermo-nos em espectativas esperando que essa pessoa aja segundo os nossos padrões de pensamento, sentimentos e possibilidades. Eu perdi-me por completo nessa área, transferi o meu modo de vida para outra pessoa e "exigi" confiança a ela. Fui egoista, egocêntrico, inseguro, imaturo e contradisse-me uma porção de vezes. A confiança em alguém só deve ser tida em valores universais e não em particulares do dia-a-dia, das contigências dos afazeres profissionais ou outros e muito menos ao nivel sentimental. Confiar demasiado é estrangular, é acorrentar, é tirar liberdade, é não compreender, é não permitir que a outra pessoa aja por conta própria, que decida ou que seja ela mesma a preservar os seus valores.
Tardiamente percebi que a chave de uma relação é a crença. Apenas tinha que ter sabido acreditar. Fi-lo a minha maneira, atabalhoadamente e com os olhos toldados pela distância e
como o coração inundado do medo de te perder.

A segunda conclusão foi o ciume...
Completamente irracional a minha insegurança, claro decorrente do erro anterior...quando
alguém gosta de nós não está a pôr-nos em competição com niguém. Todos gostamos apenas por gostar, naturalmente que esperamos que isso contribua também para o nosso bem estar, harmonia, felicidade e sucesso mas nunca exigmos que todos esses aspectos sejam uma condição
unica. Reconheço, sou megalonamo, quis abarcar para mim toda a responsabilidade de ser o melhor, o melhor em tudo na tua vida...impossivel, consequência, frustração, ansiedade e ciume de outras pessoas mais "bem sucedidas" que com quem te davas ou eras obrigada a lidar...perdi-me por completo.

Terceira incoerência, a ilusão da perca.

Quando se ama, cria-se sonhos e os sonhos só se desfazem por motivos muito fortes ou porque
esse amor acabou. Nenhuma dessas fatalidades aconteceu comigo, não houve nada que me tivesses feito para que eu ficasse tão lezado ao ponto de renegar o que sinto por ti. Ainda assim fui dizendo que tinha sonhos desfeitos e comecei a proceder em consonância...
Com isso desviei a minha atenção do caminho da luz e segui em direcção da obscuridade e da estupidez. Em vez de procurar soluções que te propocionassem bem estar, paz e felicidade, fiz o contrario. Critiquei, ajuizei e em alguns momentos condenei agredindo-te com palavras e com histórias estapafurdias.
Se o tenho o sonho de te ver feliz, terei que permanecer fiel a ele e manter-me no trilho da sua realização sem desvios, sem ressentimentos e sem mágoas. Um sonho é uma fé, não se perde assim sem mais nem menos, apenas se acredita e se persegue com convicção.

O mais dificil, está em quinto mas poderia muito bem ser o primeiro ponto, a liberdade.

Pois é, todos pensamos que somos livres e que podemos escolher ou optar segundo a nossa vontade. Engano, só depois de te conhecer e começar a perspestivar outro tipo de vida é que me dei conta o quanto estava limitado e preso. Não sou uma pessoa livre, as minhas escolhas estão num plano bem mais abaixo do que os meus compromissos e não posso inverter essa ordem porque não possuo condições economicas para o fazer. É triste mas é verdade. A verdadeira liberdade depende directamente da condição financeira. Em varias alturas confrontaste-me com a situação, do desastre que seria se tivessemos que assumirmo-nos perante o mundo. Mais grave do que isso, não seriamos só nós, existe alguém que está em primeirissimo plano e por quem não poderiamos pôr o seu futuro em causa. O inverso sim, por ela deveriamos fazer o melhor e só com a liberdade de um nós estariamos em condições de o proporcionar.

É por tudo isto que luto neste momento, não espero que nada mude mas não descansarei enquanto não tiver a liberdade de que preciso para ser ou fazer feliz quem me completa como homem e como pessoa e me queira ao seu lado.

Continuo apaixonado pela vida, pelas pessoas, não perdi sonhos, tenho uma nova crença e esperanças renovadas mas pelo outro lado passei a encarar as coisas mais terra-a-terra.
Talvez não seja tão assim, quem não tem dinheiro não tem vicios ou quem não tenha dinheiro tambem não tenha grandes opções...eu vou tentar mudar essa limitação em mim, não é ser
materialista, só quero ser livre e poder libertar mais alguém que possa ou queira.

Voltei mas sou outra pessoa.

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