Wednesday, February 25, 2004
CARNAVAL
Ninguém levou mal, por isso continuo a escrever para ti – vou falar da minha máscara. Houve quem dissesse que estava impecável de tão real que parecia.Foram anos de aperfeiçoamento, pormenor aqui, pormenor acolá, fui construindo, para desfilar ontem, com sucesso a tal dita máscara.
É castanha, salteada com pêlos pretos e brancos, olhos estranhos, nariz abatatado, boca de bebé chorão, queixo escondido(com pêlos), tudo isto num formato indefinido. Confesso, a primeira que me vi ao espelho com ela, assustei-me, que coisa feia pensei eu. Não querendo exagerar, acho que até então, nunca tinha visto nada mais horrível, mas ao mesmo tempo concluí, “máscara é máscara” e bem lá no fundo fiquei aliviado porque no fim da folia podia tira-la do rosto e ficar com a minha linda cara ao léu de novo.
Pois, aí é que começaram os problemas, qualquer pessoa habitua-se rapidamente ao sucesso e eu não sou excepção. Tinha atingindo momentos de glória com um rosto emprestado e como na equipa de ganha não se mexe, resolvi continuar mascarado.
Passou-se o carnaval, era coisinha sem sal, fui alvo de olhar fatal, de uma forma tal
que talvez lá pr’o Natal, fique de novo normal... qual é o mal? O carnaval é um bacanal e pode ser anual, tem sexo anal, tem sexo oral, mas não é pessoal. Disse adeus ao trivial.... viva o Carnaval.
Ninguém levou mal, por isso continuo a escrever para ti – vou falar da minha máscara. Houve quem dissesse que estava impecável de tão real que parecia.Foram anos de aperfeiçoamento, pormenor aqui, pormenor acolá, fui construindo, para desfilar ontem, com sucesso a tal dita máscara.
É castanha, salteada com pêlos pretos e brancos, olhos estranhos, nariz abatatado, boca de bebé chorão, queixo escondido(com pêlos), tudo isto num formato indefinido. Confesso, a primeira que me vi ao espelho com ela, assustei-me, que coisa feia pensei eu. Não querendo exagerar, acho que até então, nunca tinha visto nada mais horrível, mas ao mesmo tempo concluí, “máscara é máscara” e bem lá no fundo fiquei aliviado porque no fim da folia podia tira-la do rosto e ficar com a minha linda cara ao léu de novo.
Pois, aí é que começaram os problemas, qualquer pessoa habitua-se rapidamente ao sucesso e eu não sou excepção. Tinha atingindo momentos de glória com um rosto emprestado e como na equipa de ganha não se mexe, resolvi continuar mascarado.
Passou-se o carnaval, era coisinha sem sal, fui alvo de olhar fatal, de uma forma tal
que talvez lá pr’o Natal, fique de novo normal... qual é o mal? O carnaval é um bacanal e pode ser anual, tem sexo anal, tem sexo oral, mas não é pessoal. Disse adeus ao trivial.... viva o Carnaval.
