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Thursday, January 15, 2004

A CARTA QUE NUNCA ENVIEI

Nunca saberemos ao certo onde começou, resta-nos apenas a referência de duas palavras que servem de marco ou ponto de partida para um final inesperado.
O significado destas palavras dentro do contexto ganharam a dimensão abstracta de que algo poderia suceder transcendendo em muito as nossas expectativas. Nenhum de nós,por certo, poderia adivinhar o alcance do que dissemos.
A imagem que tive ao ler a palavra Anjo escrita por ti, foi a de uma Deusa que chama o seu servo, essa terá sido a resposta ao que li. Simples, inofensivo e inocente mas foi a candura de tão doces palavras que originaram um sem numero de mensagens trocadas e sentimentos ocultos. Tu primas por os reprimir e esconder e eu, contrariamente, teimo em dizer e demonstra-los. Duas maneiras antagónicas de estar na vida. Fiz, faço e farei tudo o que estiver ao meu alcance, não para te conquistar mas, para que aceites e sintas o mesmo que eu. O coração não é de permissões, os sentimentos instalam-se sem que nos apercebamos e quanto mais lutamos contra isso, mais eles crescem.
Pela razão ou pela consciência social, podemos ou não deixa-los florescer mas as raízes serão cada vez mais profundas.
Encontrei em ti tudo que sonhei, não te procurava mas no entanto cruzaste a minha vida como se fosses a seta de um cúpido - sorte minha - jamais imaginei deparar com alguém que me perturbasse tanto e me deixasse tão apaixonado. Baralhaste-me, quase me mataste de saudades, ocupaste por completo os meus pensamentos, encheste-me de desejos, alucinaste-me a visão, tornei-me teu, não encontro palavras adequadas para descrever o ser em que me transformaste, por tudo te agradeço. Acordaste-me para vida e fizeste-me crer que a divindade não se encontra apenas no céu. Tu existes, estas na terra e és divina. Amo-te.
Imploro que me digas o que devo fazer, não consigo vencer o desespero que sinto por não saber viver sem ti, preciso das tuas palavras e principalmente quero sentir o teu olhar para que veja reflectido nos teus olhos todo o meu amor. Rogo-te que me ames.
A consciência de ser quem sou, depende de ti, se me abandonas deixo de existir como Pessoa. Tento adivinhar o que sentes decifrando o significado das tuas palavras, é esta a cruz de quem vive um amor quase proibido. As minhas lágrimas e o meu sofrimento são a prova do que sinto.
Sem pretender que esta carta seja uma declaração de amor, espero que seja o diário antigo do nossos corações.



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